| Matéria de Gabriel Feline, do Jornal ZN na Linha:
Os alunos do 4° ano do ensino médio da EMEFM Prof. Derville Allegretti realizaram durante a Semana do Magistério uma análise das influências africanas no Brasil, discutindo o preconceito que ainda ronda essa grande parcela da população.
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Danças africanas e |
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cenário de selva |
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A EMEFM Derville é uma das poucas escolas municipais que oferecem o curso de Habilitação Específica de Magistério, formando professores para a Pré-Escola e as quatro primeiras séries do Fundamental. Esse curso é realizado durante um ano após a conclusão do aluno no ensino médio.
*O curso tem duração de 4 anos, tendo ensino médio e as matérias especificas.
O Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) dos futuros professores focou os valores africanos na cultura brasileira. Com mostras de teatro, comida típica e animais africanos em extinção, o grupo formado por 37 alunos tratou de desvendar o significado de um preconceito. "Esse trabalho me fez olhar para minha origem, me fez ter vontade de buscar informações sobre meu passado e despertou uma vontade de trabalhar com causas sociais", afirma Patrícia Alves, aluna do 4° ano.
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Peça Baú das Descobertas na Semana do Magistério do Derville |
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O tema foi escolhido pelos próprios alunos e coincidiu com a data de 20/11 (representada pelo Dia da Consciência Negra), que foi comemorada em diversos lugares na cidade de São Paulo. O professor Frederico Martins Scatena afirma: "o trabalho foi voltado para alunos de ensino fundamental 1, mas atraiu também alunos do ensino médio". Scatena ainda diz: "Nós somos a África, 80% da população brasileira descende de origem africana e 49,8% do povo são negros. É uma questão de costume a conscientização de que somos descendentes de negros e que temos uma dívida com eles por terem ajudado o Brasil a crescer".
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Alunos - personagens nas peças Baú das Descobertas e Borboleta Sem Asas. |
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Minudências
@ O corredor do 2° andar foi parcialmente decorado e transformado em uma "selva". A decoração foi feita a partir de materiais recicláveis e foi criada pelos próprios estudantes.
@ Na peça de teatro realizada pelo grupo "Baú das Descobertas" a avó de uma estudante abre um baú de onde saem orixás que dançam em volta da platéia ao som de tambores. *A avó da peça é uma aluna do 3º ano de magistério.
@ "Borboleta Sem Asa", peça complementar de "Baú das Descobertas", tratou de explicar de forma simples como funciona o preconceito. Cada um dos insetos possuía uma deficiência, sendo que ao final da peça todos se ajudavam mutuamente.
Texto e fotos: Gabriel Feline